Nathália Cordeiro,
é natural de Pé de Serra, formada em psicologia pela Faculdade Ruy Barbosa, 25
anos, gosta do que é tranquilo e do que traz paz e acredita que Deus é o
criador de tudo que há, inclusive das oportunidades de aprender, evoluir e de
ser um sujeito melhor a cada dia.
Ela estará contribuindo a partir de hoje com o VR14 no espaço destinado a colunas, onde ele abordará diversas temáticas.
Veja o primeiro texto “HIPOCRISIA virou a HIPOCRISE brasileira”.
Ela estará contribuindo a partir de hoje com o VR14 no espaço destinado a colunas, onde ele abordará diversas temáticas.
Veja o primeiro texto “HIPOCRISIA virou a HIPOCRISE brasileira”.
Dois de fevereiro, um dia de fé
para alguns, um dia de saudades e dor para outros. Morreu uma mãe, que não é a
rainha do mar, mas a mulher de um cidadão, uma mãe, filha, tia, amiga e tantos
outros adjetivos. E junto a esses acontecimentos, a hipocrisia do brasileiro
ganha força, se mostra, destroça e nos faz acreditar que está ainda mais difícil
mudarmos os rumos do nosso país.
Então, perguntei-me o que
adiantou ir às ruas lutar por um país digno, sem corrupção, por saúde, educação,
lazer, respeito, se muitos não têm a sensibilidade de colocar-se no lugar do
outro, pois é levado pela impulsividade e tornar o discurso em defesa do Brasil
num verdadeiro culto de fé à hipocrisia.
E a internet, é o canal de
ataque. Linha direta para deturpar o sentido dos fatos e sapatear na dor
alheia. A mídia é usada de forma tão indelicada, indiscreta, que viver e
elaborar luto torna-se proibido. O fato da família Lula da Silva está sendo
investigada, não anula o laço e o sentimento familiar que eles construíram, e
por isso nesse momento merece respeito!
Aí, nesse instante, causas tão
importante a serem conquistadas, se afogam no mar que não foi o de Yemanjá, mas
da falta de respeito pela dor do outro. A hipocrisia renova suas forças, e toma
uma dimensão de forte, que estou a me perguntar: o que vai acontecer de agora
em diante? O que eu posso fazer? O que nós podemos fazer?
A primeira atitude da minha parte
começou com uma reflexão: será que a música seria “hipocrisia, eu quero uma pra
viver”?
Porque me parece que a palavra
HIPOCRISIA virou a HIPOCRISIA brasileira, pois pedimos mais respeito pelo
dinheiro público, no entanto não respeitamos nem a dor na unha do próximo, pois
já achamos que é “frescura”. Criamos frases criticando o mau investimento na
educação, porém não somos capazes de dá um bom dia ao nosso vizinho. Queremos
lazer, contudo destruímos e poluímos as ruas, os parques, praias, represas. Pedimos
por intervenções que venham diminuir a violência, mas usamos a violência verbal
para denegrir a imagem de familiares, amigos ou de pessoas que talvez nem temos
tanta intimidade assim.
É nítida a contradição, e me
parece que ela é inerente a nós. Como aquela pinta que nasce no braço esquerdo,
que nasce, cresce, desenvolve e por ultimo morre igual o ciclo vital.
E será que tem uma cura? Uma luz
no final do túnel? Acredito que sim! Aprender a usar a hipocrisia ao nosso
favor, e não para alimentar a nossa própria dor. Será fácil? Isso eu não sei,
porém não custa nada tentar,Já que brasileiro não desiste nunca.
Por Nathália Cordeiro
O texto necessariamente não representa a opinião do VR14
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Colunas