23ª Assembleia de Mulheres de Pintadas é marcada por debates e desfile


O lilás, cor que simboliza a luta das mulheres em todo o mundo, tomou conta do salão paroquial de Pintadas na tarde deste sábado (11). Trabalhadoras rurais, professoras, jovens e representantes de movimentos sociais lotaram o espaço durante a 23ª Assembleia de Mulheres para celebrar o Março Mulher e debater as lutas femininas por igualdades de direitos. A atividade foi organizada pela Associação de Mulheres Pintadenses (AMP), com apoio da Rede Pintadas e da vereadora Neia Bastos.

A deputada Neusa Cadore, coordenadora da Subcomissão de Autonomia Econômica da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia, falou sobre as propostas de Reforma da Previdência e como elas atingem as mulheres de forma mais dura, aprofundando ainda mais as desigualdades sociais. A parlamentar também criticou o discurso do presidente Michel Temer, por ocasião do Dia da Mulher, que relegou à contribuição feminina ao âmbito doméstico.

A secretária de comunicação da Fetraf Bahia, Elisangela Araújo, também destacou a mobilização contra as políticas que são consideradas por ela retrocessos. Já a vereadora Neia Bastos agradeceu a comunidade pela votação e falou dos desafios de ocupar um cargo no legislativo. Ela se comprometeu em defender as bandeiras de luta das mulheres e criticou a pouca presença feminina nos espaços de poder. “Infelizmente quem construiu as leis até hoje foram os homens porque não estamos ainda representadas de forma igualitária. É muito importante a gente lembrar do nosso compromisso também com a política porque ela faz parte da nossa vida”.

DESFILE


O evento foi encerrado com um desfile da coleção Encantos do Jacuípe, resultado do projeto Tecendo Sonhos, realizado pela AMP com apoio do Instituto Renner e ONU Mulheres. O projeto teve como objetivo promover a melhoria da qualidade de vida das mulheres através de um processo de formação, resgate dos valores e cidadania, buscando a igualdade nas relações de gênero. Participaram do curso mulheres de sete grupos de produção das cidades de São José do Jacuípe, Capela do Alto Alegre e Pintadas, que foram capacitados no processo de confecção visando a produção de peças de vestuários básicos e moda praia.
                                          
“Eu já costurava, mas a formação foi essencial no aprendizado de algumas técnicas que eu não conhecia”, disse Maria Alvina Souza. Ela reforçou a importância de se continuar buscando formas para possibilitar que outras mulheres possam ter acesso a cursos para gerar mais renda para suas famílias.
















































































Redação e fotos Lolrivania Soares
Postagem Anterior Próxima Postagem
VR14 | Um jeito jovem de fazer comunicação
VR14 | Um jeito jovem de fazer comunicação