Delegado de Capela esclarece soltura de homem após condução a delegacia



O delegado de polícia Igor Spock, o qual está atuando na cidade de Capela do Alto Alegre,  convidou o VR14 para esclarecer um fato que vem gerando polêmica  no município,  desde terça-feira (8) após a condução de um homem para delegacia acusado de roubo  à mão armada e liberado em seguida.

Segundo o delegado, o crime aconteceu na segunda-feira (7),  e ele junto com o investigador Gilberto foram em busca de pistas até chegar no suspeito, realizando a condução do  mesmo para delegacia o qual confessou o crime e foi reconhecido pelas testemunhas, mas devido à legislação brasileira pela qual só pode haver prisão por decisão do delegado quando o acusado for pego em flagrante, sendo necessária nos demais casos a decisão de um juiz, o mesmo foi liberado o que gerou críticas por parte da população.

“Já se tinha elementos   de que ele era o responsável pelo fato, mas foi conduzido a delegacia por uma questão de investigação e não para lavratura do alto da prisão em flagrante. A partir daí algumas pessoas ficaram sem entender porque o autor do fato sabendo ser ele que é autor do roubo é liberado. Isso foi porque ele não estava na condição técnica de preso em flagrante, por uma questão técnica, o código de processo penal ele estabelece as hipóteses de que uma pessoa pode ser presa em flagrante, existe flagrante próprio, impróprio e o flagrante presumido e não ouve nenhuma dessas hipóteses. A partir daí eu delegado não poderia lavrar um auto de prisão em flagrante em uma situação que seria ilegal, por que o juiz iria relaxar o auto da prisão, ou seja tornar a prisão ilegal”. Disse Igor.

O delegado ainda contou ao VR14 que existe o projeto de lei 373/2015, intitulado de Flagrante Provado, que está em tramitação na Câmara dos Deputados o qual se já estivesse aprovado modificaria essa situação, onde o acusado seria preso.

“Eu também acho que a lei poderia ser melhor, poderia ser aprimorada em que uma situação como essa o indivíduo já ficasse preso em flagrante. As pessoas ficam perguntando o que pode ser feito, mas existe uma possibilidade, a gente vive em uma democracia, os cidadãos que estão incomodados com as leis que são muito brandas eles podem pressionar aos seus deputados para votar no projeto 373 de 2015 e cobrar deles que está pronto para pauta no plenário.” Afirmou o delegado.

O delegado Igor Spok ainda ressaltou o papel da Polícia Civil, a qual não atua apenas com a prisão em flagrante e ainda na terça-feira eles cumpriram um mandato de prisão de um homem identificado como Fernando Moreira de Jesus, conhecido como Negão.

“Quando estávamos em diligências relativas ao roubo, cumprimos um mandado de prisão preventiva que foi expedito pelo juiz da comarca de Capela do Alto Alegre referente a um homicídio ocorrido em 2014, onde o acusado é acusado de matar seu próprio tio e uma das testemunhas é sua mulher, e tivemos informações de que ele estava batendo em sua companheira, a partir daí eu e o investigador fomos até o local, constatamos a veracidade do fato a partir daí fiz um pedido de prisão preventiva ao juiz, o ministério público fez outro pedido e um dos pedidos foi conferido pelo juiz. Então foi um dia em que nós conseguimos além de elucidar um crime e devolver parte dos valores a vítima, ainda conseguimos cumprir um mandado de prisão que estava para ser cumprido, em razão de diligencias investigativas. Então assim trabalha a Polícia Civil, nem sempre é possível para a gente dar repostas imediatas, mas confiando em nosso trabalho a resposta virá”. Concluiu o delegado Igor.



Da redação do VR14
Jorge Henrique e Joyres Lima




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