Grito dos Excluídos em Pé de Serra traz discussões sobre direitos e democracia



Com o tema vida em primeiro lugar!  "Por direitos e democracia, a luta é todo dia", a 23ª edição do Grito dos Excluídos iniciou foi realizado no do dia 7 de setembro.

O ato foi iniciado em frente da Prefeitura, seguindo para a  Igreja Católica. O percurso teve seis paradas, cada uma, com um eixo.
    
O primeiro, em frente à escola General Osório, "Direitos Básicos", onde, desabafou, a professora  Valmirete: "É um verdadeiro assalto aos direitos sociais. Vamos nos juntar e fortalecer a luta contra qualquer ameaça aos nossos direitos".

 Em um outro comentário, junto aos professores falaram que os precatórios são decorrentes de uma  situação que envolve o município e estado contra a união durante a vigência do FUNDEF. Onde  o Governo Federal deixou de repassar parte dos recursos aos municípios referentes ao valor por aluno que de todos os recursos do FUNDEF, no mínimo 60% devem ser destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério. Faixas e cartazes foram levados com pedido de justiça.

 A segunda parada, aconteceu frente a Câmara de Vereadores com o eixo: "Participação Política e Emancipação". O prof. Veridiano argumentou "que não é necessário lados políticos e que a educação é o caminho da emancipação da nossa pátria, da afirmação soberana e da identidade libertaria da nossa gente".

A terceira parada,  como eixo: Ecologia Integral, realizada pelo técnico ambiental Romilson, que explicou a existência os três pilares: Ecologia Social, Ambiental e Mental, indispensáveis para os seres animais e vegetais,  porém, o ser humano coloca esses pilares em decadência, porém tudo ainda tem jeito.

 A quarta parada com o eixo: "Que projeto de país desejamos e que estado queremos". A professora Joceane, questionou poeticamente: " Brasil, Brasil, o que queres que façamos? Seria muito bom se nesse momento eu pudesse te ninar, te colocar no colo e te contar as mais lindas histórias. Mas infelizmente Brasil, após 517 anos, A tua história não é tão bela assim... temos nas nossas memórias lutas e sangue . As caravelas dos portugueses aqui chegaram degradadas. Com elas, sangue, martírio...máscaras. Quantos índios foram mortos? quantos negros escravizados? E nós, 322 anos depois, em 1822 gritamos "independência ou morte". Mas o que esperar de um país onde quem grita a independência é o próprio colonizador, é o próprio opressor?  E entre outros, o que dizer da ditadura militar? A conquista da Constituição, hoje rasgada... onde estão os direitos dos trabalhadores? Onde está a reforma da previdência? O que está acontecendo Brasil? A gente muda, grita e não somos ouvidos. O povo diz NÃO e o congresso diz SIM"...

 O Grupo Artístico de Dança Martabak, sob a coordenação do professor Rafael questionou: "Brasil, Brasil, onde está o dinheiro?...  E você cara, não vai mostrar sua cara? E a sua fala? Está dentro de uma mala?..." O grupo sinalizou coreografando a música "Brasil," de Cazuza, onde após, o hino do Brasil foi entoado.

A quinta parada, frente ao posto da Polícia Militar, com o eixo: " Estado Fomentador de Violência," sob a responsabilidade da Pastoral da Juventude dramatizando os tipos de políticos que roubam o direito do povo. "A falta de segurança que impossibilitando de viver dignamente sendo prisioneiros do medo de sermos roubados ou mortos. Vivemos em casas com grades cercas elétricas... Uma triste realidade. Estamos cercados por ratos e muitas brechas existente em nossa Constituição... aqui em Pé de Serra, só temos uma viatura e dois policiais que por mais que se esforcem, não tem condições nenhuma de fazer um bom trabalho".

A última parada finalizada pelo senhor Luís Funga, fazendo um apelo: "A solução para melhorar nosso mundo é sermos como Cristo nos chamou, sermos pescadores de gente. Temos que encher nossas redes de amor, de justiça amizade liberdade e de fé. Vamos mudar o Brasil. Vamos ser cristãos como o próprio Cristo nos chamou.”

O Grito dos Excluídos é um conjunto de manifestações populares que ocorrem no Brasil, desde 1995, ao longo da Semana da Pátria, que culminam com o Dia da Independência do Brasil, em 7 de setembro. Estas manifestações têm como objetivo dar visibilidade aos excluídos da sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e propor caminhos alternativos para uma sociedade mais inclusiva[1][2].


Sua origem remonta à Segunda Semana Social Brasileira, promovida pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada entre 1993 e 1994, quando estava à frente da Pastoral Social o bispo Dom Luiz Demétrio Valentini. Embora a iniciativa esteja diretamente ligada à CNBB, desde o início diversos organismos participam do movimento: as igrejas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, movimentos sociais, organizações e entidades envolvidas com a justiça social
















Da redação do VR14
Robson Rodrigues
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