Adapta Sertão está na final do concurso da Revista Veja que vai premiar iniciativas de mudanças na sociedade brasileira, CLICK PARA VOTAR NO PROJETO


O projeto Adapta Sertão está concorrendo com outras iniciativas do Brasil no concurso “Veja-se” promovido pela revista Veja na categoria de “Inovação”.

O projeto participa através do seu coordenador Daniele Cesano. O projeto foi escolhido para participar na final do concurso por uma nomeação direta do editorial Veja que o escolheu após uma consulta nacional entre dezenas de potenciais candidatos.  O projeto contou também com uma visita da equipe da revista que visitou também no início de novembro produtores de Pintadas e Ipirá atendidos pelo programa, com o objetivo de entender o modelo de transformação social MAIS proposto pelo projeto.

O Prêmio Veja-se busca valorizar as histórias inspiradoras de cidadãos excepcionais que, muitas vezes longe dos holofotes, se destacaram em 2017 como agentes de mudança na sociedade brasileira.
São três finalistas em cada categoria, escolhidos pela redação de Veja e por uma comissão externa de 10 especialistas. Os critérios para a seleção são o impacto social, o alcance e a originalidade de atuação dos candidatos.

As categorias são: Educação, Saúde, Diversidade, Políticas Públicas, Inovação e Cultura.
A votação popular, por meio do site de Veja, e um corpo de notáveis escolherão os vencedores, que serão revelados em cerimônia de premiação no dia 12 de dezembro, em São Paulo.

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Sobre Daniele e o Projeto Adapta Sertão

Entre os alimentos que chegam à mesa de famílias brasileiras todos os dias, 70% são produzidos pela agricultura familiar, e 50% dos estabelecimentos responsáveis por essa cultura se encontram no semiárido. O Nordeste, porém, uma região habituada a enfrentar longos períodos de estiagem, vem sendo ainda mais castigado pelo efeito das mudanças climáticas. Em consequência do aquecimento global, a alteração no regime de chuvas impacta diretamente o potencial de produção das roças dos pequenos agricultores.

Desde 2006, Daniele Cesano coordena no interior da Bahia o projeto Adapta Sertão, que aplica, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Sistema Mais: Módulo Agroclimático Inteligente e Sustentável. Com uma equipe de assistência técnica, Cesano leva aos agricultores práticas de manejo que aperfeiçoam a produção, ensina estratégias para investimentos em segurança hídrica e alimentar para animais e desenvolve planos de recuperação florestal para produtores acostumados a ver o gado morrer na seca e a colheita desaparecer pela falta de chuva. Enquanto a produção aumenta, os fazendeiros recuperam áreas degradadas e ajudam a reverter os danos ambientais causados no passado. O objetivo do projeto é atender ao menos 700 produtores até 2018, mas 2017 foi o ano em que o modelo aplicado a 100 propriedades, entre fazendas de leite e de cordeiro, mostrou-se viável para ser difundido em larga escala. Na prática, isso significa que os fazendeiros conduziram o negócio de tal modo que os animais conseguiram sobreviver a dois anos consecutivos de seca e, com o uso correto da água, a produção de leite aumentou em quase 50%. “Demos qualidade de vida a pessoas que se sentiam abandonadas à própria sorte. Os agricultores estão conseguindo contratar outras pessoas da região para ajudar no dia a dia e têm mais tempo livre. Tornaram-se empreendedores”, diz Cesano.


O italiano radicado no Brasil acredita que a transformação começa na educação. Embora os sistemas familiares de agricultura e pecuária sejam amplamente criticados como modelo econômico, o engenheiro defende a tese de que o problema está na falta de orientação aos produtores para que trabalhem de maneira sustentável. No Brasil desde o início do projeto, Cesano explica que, sem a dedicação integral, de corpo, tempo e alma, não teria sido possível obter sucesso no plano de garantir a produção de alimentos e a geração de renda na sociedade da região. “Começamos no semiárido, mas o sonho é levar o modelo à Amazônia e para fora do Brasil. É possível produzir em escala, de maneira consciente e com uma vida digna”, diz Cesano.

Da redação do VR14
Jorge Henrique
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