Pela primeira vez, o
presidente Michel Temer admitiu, na segunda-feira (6), que a reforma da
Previdência pode não ser votada. No entanto, o peemedebista garantiu que
continuará trabalhando pela agenda e defendeu que isso não vai inviabilizar o
governo federal.
"Eu vejo muitas vezes
que muitos pretendem derrotá-la, supondo que derrotando-a estão derrotando o
governo. E isso não é verdade. Derrotam o Brasil", disse.
"Não é uma derrota
eventual ou a não votação que inviabiliza o governo, porque o governo já se
fez, já foi feito e continuará a ser feito", acrescentou, na abertura de
uma reunião com líderes governistas na Câmara dos Deputados.
O presidente disse também
que o objetivo é obter “avanços”, para que, no futuro, o governo possa fazer
uma “nova revisão”.
"Ela [a reforma da
Previdência] é a continuação importante, fundamental, para, digamos, uma
espécie de fecho das reformas que estamos fazendo. Eu quero dizer que eu
continuarei me empenhando nela. Embora você não consiga fazer todo o conjunto
do que a reforma previdenciária propõe, mas quem sabe nós conseguimos dar o
avanço, até certo ponto que permita a quem venha depois, mais adiante,
fazer uma nova revisão da Previdência Social", declarou o presidente.
A reforma sofre resistência
na Câmara, também por parte dos governistas, que têm receio do negativo impacto
político que pode haver para eles aprovarem uma matéria impopular, pouco antes
das eleições do próximo ano.
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