A estudante de nutrição
Daiane Reis, 25 anos, que estava grávida de nove meses, foi morta pelo próprio marido (Clique aqui) enquanto admirava um mirante da
cidade de Serrinha, onde morava. Em depoimento à polícia, o técnico em
mineração Adilson Pedro Lima Júnior, 25, contou que a esposa estava de costas
quando ele atirou.
“No depoimento ele disse: ‘ela não gritou, não chorou, não
viu que eu ia matar ela'”, relatou, nesta quarta-feira (20), o coordenador da
15ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), delegado Hildebrando Alves,
afirmando que não houve discussão entre o casal.
Daiane
desapareceu no sábado (16), mas seu corpo só foi encontrado na manhã de domingo
(17), em uma área de matagal. Ainda no domingo, já à noite, Adilson confessou o
crime e disse que agiu por ciúmes. Conforme o Hildebrando, a arma utilizada
pelo técnico para cometer o feminicídio, um revólver calibre 38, foi encontrado
na loja do pai do técnico, na terça-feira (19).
O delegado contou que o corpo da vítima não aparentava marcas de
agressão física. “Apenas uma marca na perna, mas possivelmente pelo local
em que ela estava. Ele relatou que foi levá-la para ver um terreno que eles
comprariam.
Ele parou o carro e desceu para urinar, ela passou na frente e foi
admirar o mirante, de onde dá para ver todo o município. Ela, então, estava de
costas quando ele se aproximou e atirou. Condiz com a posição da bala, que
entrou pela nuca e se alojou na boca”, relatou.
“A princípio ele mentiu, disse
que a arma estava lá no terreno onde encontramos o corpo. Procuramos e nada.
Mas ontem (19) ele finalmente resolver falar a verdade, fomos na loja e
encontramos o revólver”, completou o delegado.
Conforme Hildebrando, Adilson se
diz arrependido.
“Ele não comenta o fato do
filho ter morrido. Fala em arrependimento, mas eu não consigo sentir isso por
parte dele. Claro que não sou psicólogo, mas não sinto arrependimento”.
O delegado contou que pediu,
nesta terça-feira, a transferência do preso para o Presídio Regional de Feira
de Santana. Atualmente, ele está na delegacia de Serrinha. O pedido, ainda
segundo Hildebrando, está em análise.
“A delegacia não tem estrutura
para ficar com presos por muito tempo. E o presídio de Serrinha é de segurança
máxima, ou seja, são para casos de outra natureza. Minha vontade era que ele
tivesse sido transferido já no domingo, após confessar”, relatou Hildebrando,
acrescentando que a pena de Adilton, que vai responder por feminicídio, vai de
12 a 30 anos, podendo aumentar – já que Daiane estava grávida
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Polícia