Coluna - Liberte-se do medo e das imitações, por Dene Cruz

Desenvolver capacidades e potencialidades natas do ser humano só é possível mediante uma educação holística e em ambientes onde não haja medo.

Por natureza somos educados como imitadores. Tanto que a criança aprende mais com o exemplo do que com a palavra. Mas, copiar significa deixar de ser a gente mesmo; quando copiamos, deixamos de ser autênticos; quando copiamos, imitamos.

A criança é ensinada imitar de forma natural e sem medo. Essa fase ou processo natural dura enquanto durar a infância. As crianças são induzidas ou amestradas a continuar imitando e copiando pelo resto de seus dias como se educar fosse copiar ou imitar.

Mas sabemos que este nosso sistema de ensino vem da época de Pitágoras até hoje não foi alterado e encontra-se muito ultrapassado.

Os sistemas modernos de ensino deverão passar para a fase da Criação ou Exercício da Criatividade.

Criar é captar o essencial, o abstrato, a alma das coisas e dos seres. Criar é achar o novo, o desconhecido de cada momento, de cada fenômeno, de cada realidade.

O novo sem censura, sem competição com alegria de ser e estar vivo e participando da vida. Uma educação holística harmonizará os aspectos Criativos com as Imutáveis Leis Universais.

Liberdade é o respeito e a aceitação voluntária das Leis Eternas e Imutáveis do Universo.

É preciso conhecer e compreendermos estas Leis que regem a Vida e que sustentam o Universo.

Um dos maiores fatores de restrição da liberdade é o medo. Medo só existe onde há ignorância, desconhecimento.

O medo é o alimento da imitação. Quem tem medo de criar o novo imita. É mais fácil sair imitando o que já tem pronto seguindo a correnteza da vida que abrir o próprio leito.

Criar, inovar, ousar implica em sair da massa, do lugar comum, da mesmice e ser diferente.

O próprio mestre Jesus já comentou com seus discípulos:

“Ninguém constrói uma cidade no alto da montanha para ficar escondida; ninguém acende um candeeiro para colocar debaixo da cama, mas sim para colocar no lugar mais alto da casa para iluminar todo o aposento; de que vale o sal se perdeu a propriedade de salgar? ”.

Perder o medo ou estudar e compreender os medos são uma das primeiras iniciativas que devemos para crescer na vida espiritual.

Porque libertar-se ou ser livre é assumirmos que trazemos dentro de nós, ser o que somos. Isto é libertar o nosso Ser.

Se estamos ou queremos subir a montanha não há como não sermos vistos e visados. Se queremos ser a Luz do Mundo não adianta nos escondermos. Se queremos ser o sal da terra temos que salgar.

Libertar-se é abrir mão de idéias, conceitos, modelos e sistemas; romper, no bom sentido, sem abandonar, limitações de família, sociedade, religião, educação, ciência, filosofia, arte, etc.

Libertar-se é desapegar-se do autoconceito, da autoimagem, da auto ideia, da autoconsideração. 

Libertar-se é centrar a vida na consciência, no próprio ser, fazer seu próprio conhecimento e pensar e agir por si mesmo, brilhar com sua própria luz, ser um sol, ser uma estrela...


A todos um bom final de semana. E profunda paz em nossas vidas. Dene cruz.

Da Redação do VR14 
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