Um dia após entrarem em
rota de colisão, Jacuipense e Federação Bahiana de Futebol (FBF) afinaram o
discurso. Na última quinta-feira, a entidade anunciou a exclusão do estádio
Eliel Martins, em Riachão do Jacuípe, do estadual, em virtude dos problemas no
gramado e na iluminação do local.
Desta
forma, o Leão do Sisal mandaria partidas em Pituaçu, na capital baiana.
Insatisfeito com a decisão, Felipe Sales, presidente do clube, anunciou que
poderia deixar a competição. Nesta sexta-feira, os dois dirigentes conversaram
e entraram em consenso por esperar uma possível recuperação da praça esportiva,
administrada pelo município.
Felipe
Sales destaca que o próximo jogo do Jacuipense no Eliel Martins, também
conhecido como Valfredão, será realizado apenas no dia 2 de março, contra o
Juazeirense. Desta forma, seria possível reparar os problemas do gramado,
repleto de buracos e com grama irregular.
“A
gente acabou conversando por telefone, passei toda situação. A gente vai ter
que aguardar um prazo de 30 dias para o próximo jogo para ter uma definição. A
gente acredita que o campo tem condição [de jogo], e vamos tentar recuperar [o
campo até o próximo jogo]. Nesse período temos dois jogos fora e uma folga.
Então vamos jogar normalmente, até porque isso não mudaria”, declarou.
Presidente
da FBF, Ednaldo Rodrigues afirmou que entrou em contato com a prefeitura de
Riachão do Jacuípe para falar sobre a recuperação do estádio. O Valfredão
passou por obras de reforma, que incluíram o gramado, e foi reinaugurado em
2015, intervenção que custou R$ 500 mil. Outro problema apresentado pelo
estádio, que foi palco da partida entre Bahia e Jacuipense na última
quarta-feira, foi com relação a iluminação. Sem gerador, a praça esportiva
sofreu um apagão. Foi preciso alugar o equipamento em Feira de Santana e o jogo
teve início com 35 minutos de atraso.
“A
FBF mandou ofício destinado ao prefeito, informando a importância do estádio
para as competições estaduais, principalmente o Baiano da primeira divisão.
Informamos também a empregabilidade que gera quando tem jogos, o comércio
informal, a geração de impostos, e o lazer. O Jacuipense tem disputado as
competições com muita dignidade. Isso traria consequência para o município. A
saída do clube de uma competição inviabiliza o clube, o município. (…) O
patrimônio público tem que ser conservado, independentemente de ter jogos. Até
para não ter uma situação de desgaste do equipamento. (…) Não temos prazo. A
gente quer que recupere. O próximo jogo lá é dia 2 de março. A FBF só tem
condições de colocar jogo lá quando tiver concluso o gramado, sem problemas, e
quando a iluminação estiver normalizada”, disse Ednaldo Rodrigues.
Se
for obrigado a jogar em Salvador (Pituaçu), o presidente do Jacuipense alega
que terá um gasto de aproximadamente R$ 20 mil por partida. Ednaldo Rodrigues
afirma que não foi discutido um possível auxílio da FBF ao clube, caso o
estádio siga sem condições de receber partidas.
“Isso
a Federação não discutiu a questão. A gente não sabe o que seria essa ajuda. A
FBF se coloca sempre como parceira. Mas não posso antecipar. Ainda entendo que
a prefeitura vai trabalhar no sentido de que o estádio esteja em condições.
Pode não ser para o primeiro jogo [no dia 2 de março], mas para os outros que
estão por vir”.
Fonte:
Globo Esporte