MP-BA denuncia sete policiais por desaparecimento de Davi Fiúza


O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou sete policiais militares pelo desaparecimento do adolescente Davi Fiúza, no dia 24 de outubro de 2014. O jovem desapareceu nas imediações do Jardim Vila Verde, na Estrada Velha do Aeroporto, em Salvador. Foram denunciados os seguintes policiais pelos crimes de sequestro e cárcere privado: Moacir Amaral Santiago, Joseval Queiros da Silva, Genaro Coutinho da Silva, Tamires dos Santos Sobreira, Sidnei de Araújo dos Humildes, George Humberto da Silva Moreira e Ednei da Silva Simões. A denúncia foi feita pelos promotores de Justiça Ana Rita Nascimento e Gildásio Galrão e distribuída para a 2ª Vara de Crimes Praticados contra o Menor.
O MP afirma na denúncia que os policias participavam de um curso de nivelamento realizado pela 49ª CIPM e pelo Pelotão Especial Tático Operacional (Peto) com prática de incursão nas localidades do Cassange, Planeta dos Macacos, Vila Verde, dentre outras. O posicionamento das viaturas envolvidas no evento e de seus ocupantes foi definido a partir das informações dos mapas dos GPS instalados nas viaturas e dos aparelhos de rádio (HTs) dos seus comandantes. Segundo a investigação, Davi Fiúza foi abordado na Rua São Jorge de Baixo por quatro policiais armados e sem fardamento, que o colocaram com as mãos na nuca e de joelhos, próximo a um veículo azul e branco. Os outros três policiais fardados desceram até a rua através da Travessa Pitangueiras, indo ao encontro dos demais. A testemunha passou pelo grupo para ir à casa de uma vizinha e, no retorno, viu o veículo passando e os policiais fardados retornando andando. Foi a última vez que o adolescente foi visto na comunidade.

O MP afirma que a investigação da Polícia Civil não forneceu informações suficientes para denunciar os envolvidos por homicídio, pois não foi possível localizar a vítima ou os restos mortais para apontar as circunstâncias da morte, caso tenha ocorrido. “Não há qualquer outro indício que leve a sustentar a ocorrência do delito de homicídio no bojo do que fora coletado”, conclui a promotora de Justiça Ana Rita Nascimento. BN
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