COLUNA- Vazio existencial nas entrelinhas do exibicionismo em redes sociais. Por: Eduarda Venezuella

Eduarda venezuella, Baiana, Fatimense, bacharelanda em comunicação social com habilitação em jornalismo, pela ( FAT) Faculdade Anísio Teixeira, Feira de Santana-BA. 

Vazio existencial nas entrelinhas do exibicionismo em redes sociais.

“Do que vale uma viagem maravilhosa, se não puder tirar fotos, se for para ir, e não poder postar, não vou.”

   Em 1969 surgiu a internet, um meio de comunicação, que tinha por objetivo interligar laboratórios de pesquisa. 26 anos depois, 1995 nascia a primeira rede social, que tinha como função conectar os estudantes de suas faculdades, entretanto o que os acadêmicos de Harvard, não poderiam prever que suas criações serviriam como válvula de escape na era da informação. Uma vez que o vazio existencial se caracteriza pelo sentimento de apatia e desmotivação, essa sensação muda de forma, se transformando em postagens, com exposições exacerbadas, de uma vida que maioria das vezes não condiz com a realidade.

Esse exibicionismo adjunto ao materialismo cria a falsa impressão de plenitude, aceitação e preenchimento, fazendo com que o tédio seja substituído pela sensação de felicidade. Uma pesquisa realizada na Universidade Freie, Alemanha, Publicada em Frontiers in Human Neuroscience, apontou que a sensação em receber um “like” ativa a serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e felicidade em nosso corpo para o cérebro. As curtidas nas “redes” têm o mesmo efeito que a comida e o sexo.

Levando em consideração todas as informações contidas no texto acima, te proponho uma reflexão caro leitor. digamos que você tivesse a chance de viver um momento único, podendo escolher um lugar especial, na viagem dos seus sonhos, ou um momento a dois, mas sem fotos, que você me diria?! 
Bom, se você respondeu a essa pergunta com um "sim" sem pestanejar, parabéns!! durante uma enquete, em minha rede social (@eduardavenezuella) 80% dos que responderam a pesquisa disseram que sim, enquanto 20% disseram que não. O que afirma que entre poder viver algo único, e tirar uma foto, existe um público considerável de pessoas que investem na “self” propagando a frase: “melhor do que está lá é mostrar que estive lá”, o vazio existencial existe, e percorre os dias atuais, camuflando-se nas entrelinhas da ostentação em redes sociais. 





Fontes: https://www.infoescola.com/sociedade/redes-sociais-2/ https://conceitos.com/vazio-existencial/  
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