Prefeito de Riachão propõe doação do seu salário, do vice e dos vereadores para compra de cestas básicas


Na manhã da última quinta-feira, 14, aconteceu a sessão ordinária da Câmara Municipal de Riachão do Jacuípe e um fato chamou atenção da população jacuipense, e foi motivo de comentários na cidade e em grupos de whatsapp.

Um projeto enviado pelo prefeito da cidade, Zé Filho, para a câmara propondo a doação integral dos salários dele, do vice-prefeito e dos vereadores, com o objetivo de adquirir cestas básicas para doação à população carente do município durante a pandemia do COVID-19.

O projeto de lei foi protocolado na quarta-feira (13), na câmara de vereadores e foi lido na sessão de ontem. Segundo dados levantados pelo blog Hora da Verdade, atualmente os valores brutos dos salários dos agentes políticos são: Vereador R$ 6.500 (seis mil e quinhentos reais), que multiplicado pelos 13 edis, dará um total de R$ 84.500 (oitenta e quatro mil e quinhentos reais) ao mês. O salário do Prefeito é R$ 18.000 (dezoito mil reais) e do Vice-Prefeito R$ 9.000 (nove mil reais). Somando-se todos esses valores chega-se ao total de R$ 115.000 (cento e quinze mil reais) ao mês.



Ao ser lido o projeto na casa, três vereadores da oposição se posicionaram contra, Zil de Barreiros, Catarina do Hospital e Lucas William, que também é pré-candidato a prefeito nas eleições deste ano. A bancada de oposição alega que o município tem dinheiro para bancar a distribuição das cestas. Segundo eles, o município recebeu verbas direcionadas para essa finalidade. Já a assessoria da prefeitura, em nota, defende a necessidade do projeto, por conta do avanço da pandemia e atualmente haver inúmeras categorias de trabalhadores que estão em dificuldades no município, como por exemplo, vendedores ambulantes, feirantes, motoboys, motoristas de transporte alternativo, cabeleireiros e manicures, donos de bares, lanchonetes e restaurantes, produtores e decoradores de eventos, dentre outros.

O prefeito Zé Filho disse que está muito preocupado com a situação. “Sofremos um grande impacto e temos pessoas atingidas economicamente, não temos previsão de quando vamos voltar à normalidade, por isso precisamos garantir o alimento para essas pessoas, nesse momento tão difícil. E essa foi uma forma que encontramos de manter o básico em alimentação para essas famílias”, disse. Agora a população aguarda as próximas sessões da Câmara, e muitos comentam em redes sociais, questionando como será o dia de votação desse projeto, quando ele entrar em pauta.

Fonte Hora da Verdade
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