Se você utiliza o cheque especial,
pede empréstimo, financiamento ou entra no rotativo do cartão de crédito, saiba
que a diferença de custos com juros e tarifas pode ser bem representativa na
comparação entre às instituições que proveem esses serviços no sistema
financeiro.
Levantamento realizado pelo Sicoob
aponta que em 2020 cada cooperado ativo, somando os benefícios da precificação mais
em conta e do resultado contábil do Sistema, teve um retorno médio de R$ 3,1
mil ao eleger a cooperativa como sua instituição financeira. Apenas os valores
economizados na utilização dos produtos e serviços totalizaram R$ 8,3 bilhões.
O cálculo foi feito com base na diferença entre os preços médios do Sicoob e os
dos players do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Por exemplo, quem entrou no cheque
especial, ao escolher o Sicoob, pagou 0,78 p.p. a menos na taxa de juros mensal
com relação à média do SFN. Isso representou uma economia de R$ 125,7 milhões
para os cooperados no final do período.
Outro destaque refere-se às tarifas
de manutenção de conta corrente para pessoas jurídicas, em que o Sicoob opera
com o valor de aproximadamente R$ 60 mensais, enquanto no conjunto do SFN o
custo gira em torno de R$ 155. Aqui os cooperados pouparam R$ 965,5 milhões em
um ano.
Ênio Meinen, diretor executivo de
Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob explica que a prática de
preços menores nas cooperativas financeiras tem a ver com as características societárias
desse segmento, que não visam ao lucro. “Como o usuário dos serviços é também o
dono do empreendimento cooperativo, não há porque a margem de contribuição ser
expressiva, pois no final o resultado pertence ao próprio cooperado (cliente e
proprietário)”. Segundo o executivo, “a economia com tarifas e juros mais o excedente
contábil anual, também compartilhado entre os cooperados, ao lado de benefícios
sociais coletivos, compõem o chamado Ganho Cooperativo Agregado, exclusividade desse
modelo de negócio”.
O dirigente lembra, ainda, que o
mecanismo de cashback, bastante utilizado mais recentemente para
reembolsar parte do preço pago por bons clientes de bancos e plataformas de
serviços financeiros, é praticado nas cooperativas desde o surgimento destas,
em 1844, na forma de devolução de sobras (resultado) ao final de cada exercício,
proporcionalmente à fidelidade operacional de cada cooperado.
Além de fornecer soluções
financeiras em condições de preço e atendimento diferenciadas, o cooperativismo
financeiro, como negócio local comprometido com os indivíduos e empreendedores,
também destina parte do seu resultado econômico para projetos sociais de
interesse das localidades.
Em síntese, conforme Ênio Meinen, “as cooperativas
financeiras, que dispõem de um portfólio operacional completo e praticam preços
realmente atrativos, são atores importantes na oferta de soluções de natureza
bancária e equivalentes, contribuindo para a melhoria da competitividade no
sistema financeiro nacional e a prosperidade nos territórios assistidos. Ou
seja, com mais protagonismo cooperativo, ganham os próprios cooperados, ganham
os clientes dos bancos e das fintechs e ganham as comunidades”.