Os cerca de 12 médicos que trabalham na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) de Ipirá se organizam para pedir demissão coletiva neste sábado (1º). A medida é uma forma de protesto contra a decisão da prefeitura de alterar o esquema de plantão, deixando apenas um clínico-geral na unidade no turno da noite.
Atualmente, dois profissionais dividem o plantão diário,
cuja média é de 250 atendimentos.
“Ontem, a cooperativa [Mais Vida] que intermedia disse que
ligaram pra implementar isso já no dia 1º”, contou um dos médicos da unidade,
em condição de anonimato, ao Bahia Notícias.
Segundo ele, os servidores tentaram reverter a mudança, mas
foram informados pela cooperativa que a prefeitura já havia batido o martelo
sobre o assunto.
Além de apontar que é “humanamente impossível” para um
profissional dar conta desse esquema de plantão, a fonte destaca a carência de
insumos e outros profissionais, a exemplo de enfermeiros, porteiros e
segurança. Como consequência, a população sai prejudicada, já que o Hospital
Municipal da cidade está com a parte clínica fechada em decorrência da redução
de funcionários.
“Isso vai sobrecarregar os profissionais e a população vai sofrer com a redução de médico. Imagina só, a gente faz tudo, de baixa a alta complexidade. Tiro, AVC, internamento…”, desabafa.
“Isso vai sobrecarregar os profissionais e a população vai sofrer com a redução de médico. Imagina só, a gente faz tudo, de baixa a alta complexidade. Tiro, AVC, internamento…”, desabafa.
A proposta de aumento da carga horária também não contempla
qualquer aumento de salário, segundo o médico. Atualmente, os profissionais
ganham R$ 1,8 mil por plantão.
O Bahia Notícias entrou em contato com a secretária de Saúde
do município, Priscilla Blumetti de Oliveira, que pediu que este site
retornasse a ligar depois das 14h. Entretanto, feito isso, nos foi informado
que a secretária se encontrava em reunião. O canal segue aberto para o
posicionamento da prefeitura, quando ele vier.
Fonte: Bahia Notícias
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